A auto-sabotagem é causada por imaturidade emocional, não se permitindo a capacidade de ser feliz. A boa notícia é que podemos paralisar a auto-sabotagem emocional a qualquer momento, desenvolvendo a maturidade, que não tem nada a ver com a idade cronológica, com a auto-intimação, tomada de consciência, reflexão e decisão. Sabotagem é um auto-engano, uma projeção falsa de si e da realidade, por inconsciência, não se dar o tempo para trazer as coisas para a consciência, por medo de olhar para dentro e quebrar as amarras. Ela acontece quando pulamos o processo, descumprindo o ciclo de perceber (observar o que se está sentindo no momento, identificar a emoção), compreender o motivo de estar sentindo isso e o momento de concluir (chegar a uma conclusão ou choque de realidade), o querer sair dessa situação (o que fazer para sair disso). Planejar a solução, conversar com os próprios botões, dialogar consigo (inteligência intrapessoal). Para sair do ciclo da auto-sabotagem é necessário instalar a competência, a sabedoria emocional ou a maturidade, através da auto-consciência, auto-questionamento, auto-controle (autoestima), análise, sublimação (fazer alguma atividade que goste e traga alegria) e a motivação (eliminar ou ajudar).
Maturidade é a capacidade de reconhecer os pontos fortes e coloca-los em prática. Você pode citar dez pontos fortes da sua personalidade? As pessoas não foram educadas ou informadas sobre como refletir sobre suas qualidades e habilidades. A forma como a pessoa se relaciona consigo própria facilita a forma como se relaciona com as outras pessoas, com a empatia afetiva, cognitiva, a preocupação empática e a aptidão social (maneira de fazer parte de grupos e a liderança em familia e social).
Também inclui a capacidade de entrar em contato com os pontos fracos, admití-los (se aceitar) e ir à luta, transformando-os em fortes. Questioná-los e tomar a decisão de mudá-los, dando o melhor de si.
Desenvolver a capacidade de rir de si mesmo (a), não levar tudo tão à sério, mas com naturalidade. Os erros e falhas fazem parte do ser humano e não podem derrotá-lo.
O ciclo todo é composto de emoções negativas, que impactam o tempo todo nos processos decisórios, nas relações e nas ações ou reações. Ele começa com o medo, que é uma emoção primária. Quando nascemos, choramos por sentir medo. O medo é a primeira emoção, é a que inicia o processo da auto- sabotagem. O segundo elemento desse ciclo é a perda, porque todo medo é medo de perder, ou de não atingir o objetivo. Em seguida ele leva à culpa, que é o elemento mais importante. Existem vários tipos de culpa: persecutória ou depressiva, que causa mau-humor. A culpa depressiva busca a energia interna para conseguir lutar contra algo que nos perturba. É necessário tratar essa culpa, limpá-la para não se tornar refém do tabu.Se a pessoa perdeu algo ou alguém e não se perdoar então gera mágoa ou ressentimento, o que pode causar uma doença.
A pessoa mergulha em si mesma, repensa o que tem que se fazer, consegue se reinventar e sai renovada e mais madura.
Caso não se consiga essa conscientização, então a culpa gera a raiva. O tamanho da raiva é o mesmo do medo, da perda e da culpa. O ser humano precisa projetar essa raiva. Quando o medo é menor, é possível projetar essa raiva em si mesmo (se criticando). Mas quando a raiva é maior ocorre de ser projetada em outra pessoa.
Quando a pessoa vive entre a raiva e o medo ela age com sarcasmo ou cinismo. Isso é racionalizar a própria raiva, de forma inteligente, dissimulada e jocosa, o que não ajuda a relação porque mantém a imaturidade. Falta coragem de falar com sinceridade o que não agrada e discutir como pode melhorar. Toda brincadeira tem um fundo de verdade.
Entre o medo e a perda, vive-se a ansiedade e a angústia. Entre a perda e a culpa, gera-se a mágoa e o ressentimento. Cada tipo de emoção se dirige a um órgão do corpo, por isso temos que tomar consciência delas.
Entre a culpa e a raiva surge o ciúme (quando alguém pega algo que é meu e que eu valorizo) e a inveja (quando alguém tem algo que eu quero para mim, mas não tenho acesso), que geram “jogos”, para obter atenção e reconhecimento. Mas quando a pessoa não tem caráter, ela joga para levar a melhor e puxar o tapete da outra. (perversidade). Ao invés de produzir endorfinas no metabolismo, se produz adrenalina, causando uma doença degenerativa, como punição (inconsciente).